domingo, 26 de abril de 2009

Conversa Interna

-Olá, como vai senhor? Ainda pensando muito sobre tudo que eu fiz?

-Sim como o de costume.
-E tu? Ainda agindo de supetão? Cometendo tuas loucuras de sempre!

-Não vou negar que sim, se não fosse você pra me controlar às vezes, nem sei como estaria.

-É tu me dás trabalho, sempre tenho que estar atento quanto a teus afazeres, se não você acaba se defenestrando. Tenho que constantemente assumir o controle, mas parece que dessa vez finalmente achei a solução, controle total sobre tuas ações isso é o que farei.

-É eu reparei... Sinto como se a ditadura acabasse de começar, como se fosse ser preso em algum lugar qualquer, só olhando enquanto você constantemente me subjuga. Mas não tenho medo, é como se fosse ser melhor assim, alguém desastrado como eu não devia ter o controle de nada.

-Que bom que entendes o porquê deu tomar as rédeas da situação, com você fazendo das suas íamos acabar todos falidos, você é demasiadamente impulsivo, devia pensar mais antes de começar teus investimentos.

- Mas a culpa não é minha de eu ser assim, talvez se você não fosse tão autoritário, não pensasse tanto sobre as minhas atitudes tudo daria certo, você nunca confiou em min!

-Como posso confiar em alguém como tu, você sabe que eu tenho o poder, que minhas atitudes são as mais racionais, as que sempre darão bons lucros, e seus erros são aqueles que nos trazem as maiores perdas!

-Mas você também sabe que são as minhas atitudes que movem isso tudo aqui, se não fosse por min nós não conheceríamos nada de bom, por mais que eu sempre perca muito, sou eu que sempre dou os maiores lucros, sem min você não seria nada!

-Como ousa falar assim comigo, você está demitido!

-Demitido? Quer saber, dane-se então eu vou é me virar, sumir por ai, não preciso nenhum pouco de você! Deixa eu viver loucamente! Adeus!

-E quem disse que você pode sair assim?

-Porque eu não poderia?! – e no mesmo instante os olhos se assustaram com aquele brilho, e o corpo quase não agüentou a sensação do frio.

Um grito e um corpo em coma estirado no chão foi como tudo acabou.
E com esse desentendimento a firma fechou, pra tudo e para todos, ninguém mais entra e ninguém mais sai... nunca mais.

4 comentários:

  1. Delirio Mental... Comentem se quizerem, e se alguem entender por favor venha me ver...

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  2. Eu não entendi, porem apreciei. É quase sempre assim, aprecio melhor aquilo que não compreendo.Até mesmo porque, quando se compreende, se perde todo o encanto.

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  3. Nuss... "Dark and Light - Crônicas", hehehe
    Sem palavras

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