Gostaria primeiro de agradecer a todos pelos comentarios e dizer que gosto e leio mais de uma vez todos eles.
Venho aqui informar que essa semana minha postagem será um pequeno conto, o qual foi me inspirado no decorrer desses dias.
Ele deve estar um pouquinho chato, meio ruim mas tudo bem, já é um começo, esse é apenas o primeiro capitulo, eu tenho mais da continuação da historia em mente mas nem vou postar, vai que ta uma porcaria hehehe XD
O que me inspirou a escrever ele foi minha propria feiura, ando me sentindo terrivelmente feio esses dias (bom talvez me sinta sempre assim mas tudo bem), e decidi escrever algo sobre a feirua, algo que faça com que eu veja minha feiura com um olhar melhor.
Um abraço para vocês e meu conto segue abaixo, se gostarem peçam a continuação, se não mandam ele pro lixo. Até a proxima.
O Nascimento do Primeiro FeioHá milhares de anos atrás, numa choupana de um pequeno e pacato vilarejo, este localizado próximo do lugar que hoje é conhecido como estreito de Gibraltar, deu se um dos maiores acontecimentos que o mundo humano já presenciou: o nascimento da primeira pessoa feia da face da Terra.
Antes da vinda dessa criança não existia feiúra, todos eram muito parecidos e por isso todas as pessoas se julgavam iguais e lindíssimas, as únicas coisas feias que elas conheciam eram as coisas que elas escolhiam, e tudo que elas escolhiam que seria feio se tornava feio e sem valor para elas.
Era tudo muito mais simples antes daquela anomalia, era mais fácil escolher que coisas seriam feias, por exemplo, baratas eram feias e louva-deuses eram bonitos, carvão era feio e quartzo bonito, brilho era bom e o opaco era ruim, era tudo simples até que o ser diferente nasceu, e depois de algumas indagações resolveram classifica-lo como uma coisa feia.
De cara fora rejeitado por todos da vila, mas não abandonado, pois todos estranhamente se sentiam muito melhores quando notavam e falavam da feiúra dele, era como se cada vez que um alguém falava que ele era feio esse alguém se sentia um pouco mais bonito.
E assim foi pelo decorrer dos anos, o menino feio, sempre humilhado e escorraçado sua única culpa foi nascer diferente dos demais, tudo causado por um acaso da natureza.
Certo dia resolveram “brincar” com ele e decidiram que ele deveria ficar com tudo que era semelhante a ele, e assim o fizeram comer inúmeras baratas, depois lhe apedrejaram durante um bom tempo com inúmeras rochas de carvão as quais o fizeram carregar para sua própria casa até enche-la, a partir desse dia todas as coisas feias eram dele e constantemente durante o tempo que se decorreu as pessoas continuaram tacando coisas feias na casa dele.
O menino que agora já havia crescido era conhecido pelo nome de Demithri, já não se importava mais com as coisas que os outros faziam, aprendeu a viver sozinho, a caçar e pescar, a dar valor aos momentos bons e belos da natureza, aprendeu o respeito com os animais e plantas, e notou que já sabia como sobreviver muito melhor que os demais, pois sozinho as vezes conseguia mais alimento que eles todos juntos.
Ao contrario dos outros Demithri não achava certas coisas feias, ele gostava de carvão, notou que podia desenhar com ele e inclusive fazer fogo que era um artigo muito complexo de se manter naquela época, até as baratas ficavam boas depois de tostadas no fogo.
Certo dia decidiu que era hora de se afastar um pouco do vilarejo onde nascera para ir de encontro com o que mais gostava que era a natureza e as descobertas que nela existiam, rumando ao norte desconhecido sumiu das vistas de todos que não mais precisaram olhar para sua anomalia, seu maior defeito, a diferença que residia nos seus olhos, os quais eram de um azul nunca antes visto por nenhum daqueles que eram seus conterrâneos, nunca antes havia ali nascido uma criança de olhos azuis.
